Rui Dias, Comissário do Dia Nacional dos Cientistas

Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora

Rosalia Vargas, Presidente da Ciência Viva – ANCCT

Hermínia Vilar, Reitora da Universidade de Évora

O conhecimento científico evolui lentamente pelo acumular de pequenos contributos, mas por vezes com saltos da compreensão do Mundo. Tanto a teoria da evolução como a teoria da tectónica de placas são campos em rápida progressão do conhecimento. Neste contexto, o período atual é emocionante e obriga a repensar muito do que julgávamos saber. Por um lado, as novas tecnologias permitem interpretar e modelar a dinâmica do interior do nosso planeta numa perspetiva tridimensional, que interferem com a evolução da vida na Terra. Por outro lado, a humanidade tem vindo a interferir com a biosfera num formato cada vez mais invasivo, alterando-a de uma forma que obriga a repensar o que julgávamos saber.

Intervenções convidadas:

A dinâmica interna do nosso planeta

João Duarte, Instituto Dom Luiz (IDL), Universidade de Lisboa

Alterações climáticas e biodiversidade

António Mira, Instituto Mediterrâneo para Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED), Universidade de Évora

Moderação:

Ana Viseu, Instituto de Comunicação da Nova (ICNova), Universidade Europeia

Ao longo do tempo a humanidade foi-se adaptando ao mundo que a envolve, mas também o transformou em seu benefício. Estas transformações, a ritmos cada vez mais acelerados, acabaram por alterar o complexo equilíbrio entre os processos naturais que condicionam os ambientes à superfície do nosso planeta. O conhecimento atual ainda não nos permite compreender a verdadeira dimensão e impacto destas transformações. Mas importa que este desconhecimento não se traduza numa inércia que leve a continuar a viver como até aqui. O risco é demasiado grande para permitir a nossa inação.

Intervenções convidadas:

Alterações climáticas e impactos ambientais

Maria Alexandra Monteiro, Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), Universidade de Aveiro

Alterações climáticas e saúde

Filomeno Fortes, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa

Moderação:

Luísa Schmidt, Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa (ICS-UL)

Vivemos rodeados de informação. As novas tecnologias permitem não só encontrar em segundos a resposta à generalidade das nossas questões, mas até a resposta a dúvidas que nem sequer sabía- mos ter. Com efeito, a informação atropela-nos mesmo que não a procuremos. Dezenas de canais televisivos estão à distância de alguns toques nos telecomandos, centenas de livros novos competem pelo espaço das prateleiras das livrarias, milhares de blogs lutam por breves momentos de atenção e muitas vezes conseguem! Embora à primeira vista isto possa parecer uma vantagem, esta fal- sa sensação de dominar o conhecimento, tem levado à proliferação de “inverdades” alimentadas por documentos e imagens que pare- cem credíveis. A ciência surge como uma linguagem fundamental para compreender o frágil equilíbrio do mundo em que vivemos.

Intervenção convidada:

Helena Freitas, Centro de Ecologia Funcional (CFE), Universidade de Coimbra, e Parque de Serralves

Apresentação e Moderação:

José Luís Cardoso, Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa (ICS-UL), e Academia das Ciências de Lisboa

O longo, muito longo, tempo geológico tem vindo a ser dividido em unidades temporais, expressas no denominado quadro das divisões cronostratigráficas. Estas diferentes unidades refletem alterações radicais na dinâmica superficial do nosso planeta. Alterações, quase sempre associadas ao desaparecimento de inúmeras espécies de seres vivos que refletem drásticas transformações ambientais. Principalmente a partir da década de 50 do século passado, o impacto das nossas atividades nos sistemas terrestres aumentou de forma sem precedentes. Até que ponto este impacto permite individualizar uma nova unidade geológica – o Antropocénico – é atualmente alvo de intenso e acalorado debate.

Intervenção convidada:

Big History: the Anthropocene

Mark Maslin, University College London, UK

Apresentação e Moderação:

Miguel Miranda, Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Instituto Dom Luiz (IDL), Universidade de Lisboa

O desenvolvimento do Homo sapiens ao longo dos tempos, com o estabelecimento de complexas relações entre os vários grupos de humanos só foi possível pelo desenvolvimento de linguagens que permitissem interpretar, descrever e comunicar o mundo que nos rodeia. Estas formas de comunicação, mais ou menos elaboradas, são extremamente diversificadas indo muito para além das linguagens faladas e escritas, incluindo formas tão diversificadas como a música e a matemática, mas também a formulação química e o cinema, ou ainda todas elas, foram contribuindo para um aumento exponencial do nosso conhecimento.

Intervenção convidada:

Ecletismo tímbrico e diversas potencialidades melódicas num duo de saxofone e acordeão

Gonçalo Pescada, Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), Universidade de Évora

Mário Marques, Associação Portuguesa de Saxofone, Universidade de Évora

Elvira Fortunato, Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior